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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

É tempo de colheita - Amora Preta

Amora preta (Rubus fruticosus ou Rubus brasiliensis))

Infelizmente esta no fim a colheita da amora preta aqui no microfúndio urbano. Está planta de manejo simples, rustica, que necessita de quase nenhum defensivos agrícolas para o controle de pragas e doenças, produz muitos frutos bem maiores que a amora de árvore, com poupa suculenta e de sabor equilibrado entre o ácido e o adocicado.

Flores e frutos em vários estágios de maturação

A produção começou em no fim de setembro e agora, no início de dezembro, ainda vemos em alguns pés algumas flores e frutos verdes, misturados a frutos vermelhos e pretos, mas são poucos. Esses anos consegui acertar os tratos cultivares e a colheita foi farta. Dá-lhe suco de amora com gengibre, alem de geléia e cobertura para sorvete.

Colheita farta

Tenho aqui 3 variedades: 2 pés de Tupi, 2 de Brazos e 1 de Guarani, todos plantados na beira do muro/cerca.

Os tratos cultivares que levaram a uma boa colheita esse ano foram:
  • Junho/Julho: poda drástica, deixando apenas de 1 a 3 ramos principais saindo da terra e de 3 a 5 ramos secundários saindo dos ramos principais. Essa poda é necessária, pois as flores só nascem em ramos novos, que nunca produziram, alem de que, se a planta for muito grande, produzirá frutos pequenos.

    Nessa mesma época, aplicação de adubo. Aqui usamos uma mistura de 10 litros de húmus de minhoca, 10 litros de esterco, 600 gramas de pó de rocha e 300 gramas de cinzas de madeira, para cada pé, e cobrimos essa mistura com cobertura morta.
  • 1 mês depois da poda, tratamento/adubação foliar com calda viçosa. Pelo que pesquisei esse procedimento deveria ser feito com calda bordalesa, mas com a minha tinha acabado e eu tinha a mistura pronta da calda viçosa, e está nada mais é do que a bordalesa acrescida de sais de cobre, zinco, magnésio e boro, foi ela mesma.
  • Assim que surgirem os primeiros botões, adubação foliar com fonte de cálcio. Usei extrato de casca de ovo, sendo diluído 1 litro de extrato para 20 litros de água.
  • No fim do primeiro mês, após o surgimento das flores, adubação foliar com micro elementos. Aqui usamos AgroSrkill.
  • No início de fevereiro ou depois de colhidos todos os frutos, mais uma adubação sólida com a mesma fórmula usada em junho/julho acima.
Outras preocupações alem destes tratos cultivares, para manter a área limpa recomenda-se roçar e arrancar manual o mato ao redor da planta e não capinar. As raízes da amora preta são muito superficiais e qualquer corte nas raízes gera um novo broto da planta mãe, o que prejudica o desenvolvimento dos frutos. Caso surja algum broto, ele deve ser podado rente ao chão ou utilizado para gerar novas mudas.

Broto que surge da raiz.