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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bokashi + CAC = BOCAC

É hora de fazer bokashi caseiro aqui no microfúndio.

Dei uma ajustada na fórmula do Mungo-Verde: retirei a casca de arroz e coloquei CAC, que é naturalmente um ótimo abrigo para os microorganismos. Com isso, tenho os benefícios do bokashi caseiro e os do CAC juntos. Resolvi então batizar essa mistura, carinhosamente, de BOCAC.

66% de farelo (arroz ou trigo ou quirela de milho, etc...) + 33% de CAC + EM ativado = BOCAC
Depois de seco, o BOCAC embaladinho e pronto para ser armazenado por até 3 meses.

Notei que o BOCAC controla melhor os odores da compostagem, além de diminuir o tempo de compostagem, de um modo geral, em até 3 semanas.

No teste que fiz, misturei 5 litros de BOCAC com 50 litros de composto que estava na 4ª semana de compostagem. Depois de alguns dias, a pilha de composto foi tomada por hifas filamentosas brancas em vários pontos, sinal de que o BOCAC já estava fazendo efeito no composto. Prossegui então com os tratos normais da compostagem e, após mais 5 semana, o composto estava pronto.

Testei também no minhocário: coloquei 2 litros de restos da cozinha, sobre estes 3 colheres de sopa de BOCAC e um pouco de serragem. Depois de uma semana a matéria orgânica estava forrada de hifas brancas, parecidas com plumas de paineira.

A matéria orgânica no minhocário coberta por hifas brancas, devido ao uso do BOCAC

Também aproveito o BOCAC para usar na horta: incorporar levemente 10 colheres de sopa para cada metro quadrado de canteiro de 3 em 3 meses; e na sementeira: no preparo do substrato utilizar 2-4 xícaras para cada 5 litros de substrato.

Outra opção é usar o BOCAC como inoculante para fermentar os restos de cozinha. Mais informações no post BioBalde - Balde Ecológico do blog mungoverde.blogspot.com.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

É tempo de colheita - Grumixama

Mês de outubro e novembro, primavera a todo vapor, e aqui no meu microfúndio urbano é tempo de muito trabalho e colheita farta.

Mês passado colhemos uma boa safra de grumixama (Eugenia brasiliensis), ou grumixaba, fruta genuinamente brasileira, natural da mata atlântica, parente próxima da pitanga, que esta mais para jabuticaba (uma prima distante). Fruta com sabor doce e uma leve acidez, os frutos da minha árvore são pretos (mais doces), mas existe variedade amarela (menos doces).

Seu cultivo é bem simples, basta manter a umidade nos primeiros meses após o plantio e depois é só manuntenção com bastante adubação organica.

Minha arvore foi plantada, via semente, a uns 4 anos e começou a produzir no ano passado. Esse ano a produção foi boa, colhi uns 6 litros de fruta madura, alem dos frutos comidos pelos pássaros e marimbondos.
Colheira de um dia


Mas... tive uma surpresinha em uma tarde em que fui colher algumas grumixamas maduras: as vespas resolveram fazer um ninho, bem escondido no meio da árvore, o que me rendeu algumas ferroadas. Sorte que são vespas bem pequenas e suas ferroadas lembram mais beliscões e não doem tanto.
Olha quanta vespa!!!

Infelizmente, nós aqui de casa devoramos todos os frutos in natura, não sobrando nenhuma para fazer geléia ou sorvete. No ano que vem, quem sabe, se a gula não for maior...